Poderosa, forte, encorpada, dócil e maleável. Diferente de tudo o que já existiu. A tecnologia do estado da arte sobre duas rodas. Muito prazer, eu sou a Honda VFR 1200F
É sempre muito difícil expressar em uma palavra tudo o que uma motocicleta oferece. Mas com a Honda VFR 1200F isso é possível: PRAZER…muito PRAZER, assim em letras maiúsculas mesmo. PRAZER de pilotar uma motocicleta é a essência desta moto, que foi mostrada em outubro de 2009 como a concretização de uma moto conceito apresentada pela Honda no Salão de Colônia (Alemanha) um ano antes, em outubro de 2008.
Muita tecnologia foi incorporada no modelo, a começar pelo motor que abandonou o sistema VTEC da predecessora VFR800. A líder traz esse ano para o Brasil apenas a versão automática e mostra claramente sua grande capacidade de liderar não apenas os segmentos das motocicletas pequenas. A Honda VFR 1200F representa bem esta capacidade.
Nessa moto, agora o sistema de válvulas segue a mesma tecnologia aplicada nos motores da série CRF para motocross, o Unicam. Composto de um único comando de válvulas por cabeçote (SOHC) que aciona as válvulas de admissão por pastilhas e as de escape por balancim, esse sistema surgiu inicialmente nas CRF 450R de 2002. Mas porque abordar os temas técnicos logo no início? Porque é este o grande destaque da máquina.
A aplicação do sistema robotizado de câmbio DCT, opcional dessa moto no exterior, é hoje utilizado nos automóveis esportivos de última geração. Ele permite trocas rápidas tanto no modo de troca automática quanto manualmente. O sistema mecatrônico move as peças ao toque de um botão ou sob orientação do sistema inteligente, que verifica a situação da marcha em uso e faz a troca conforme necessário. Dois modelos anteriores no mercado internacional são substituídos pela VFR1200 F: a VFR 800 e a CBR 1100 XX Super Blackbird.
Como uma moto da categoria Sport Touring, sua grande aptidão está em oferecer esportividade, mas numa situação descompromissada, com grande importância ao conforto e sem abrir mão do prazer de pilotar. Assim, a posição do piloto é com o tronco um pouco avançado sobre os braços e as pedaleiras um pouco para trás e para cima. Como um meio termo entre as super esportivas e as street ou naked. O eixo cardã adiciona tranquilidade pois elimina a manutenção de uma transmissão por corrente.
Sentando na moto e se familiarizando com os controles a pessoa pode se assustar com a presteza que a embreagem automática arranca. Mas com o controle nos freios juntamente com uma mão sensível no acelerador, pode-se dizer que manobrar essa moto potente e pesada se torna bastante fácil. Claro, depois que se pega o jeito.
São três os modos de pilotagem: O modo “D” equivale ao modo “Drive” de um automóvel automático e as trocas de marchas são feitas para otimizar a economia. Há situações em que rapidamente as marchas são passadas para 3ª ou 4ª em velocidades tão baixas quanto 30 ou 40 Km/h. A rotação fica entre 2.000 a 3.000 rpm, mas o motor responde de forma excelente até mesmo nessa faixa, sendo que o limite da faixa vermelha está em 10.000 rpm. Os dois cilindros traseiros são sintonizados para maior torque e então, mesmo nessa faixa de rotação e nessas marchas relativamente altas, eles estão com força suficiente para acelerar com firmeza até em subidas íngremes, sem necessitar reduzir a marcha. Apenas quando a desaceleração é grande o suficiente para uma imobilização total você vai ouvir o câmbio reduzindo para as marchas baixas, preparando para a saida de um semáforo ou de um cruzamento mais movimentados e que exija maior atenção.
O modo “S” é como o modo esportivo dos automóveis também, deixando o motor atingir rotações mais altas onde a aceleração é enorme. Na diminuição de velocidade você percebe que as marchas acompanham na redução, de forma a auxiliar o freio traseiro sem afetar o ABS. Coisa que nem sempre acontece em outras motos. Nessas, quando em freio motor o pedal fica muito sensível e desliga o ABS toda hora mesmo ainda com boa tração na frenagem. Isso não acontece com o C-ABS da VFR 1200F.
O terceiro modo de pilotagem pode ser acionado pelo botão seletor, AT/MT (automatic transmission/manual transmission) ou quando seja acionado quaisquer dos botões de avançar ou reduzir as marchas. Assim, mesmo em modo automático, ao acionar um dos botões de mudança manual ela passa para esse modo automaticamente. Para voltar ao modo “D” ou “S” que precedeu ao toque manual é necessário mudar pelo seletor “AT/MT” da mão direira.
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